Deixa Ela Entrar (versão sueca) – Deixe-me Entrar (versão estaduniense)

Cineastas dos Estados Unidos expõem diversas razões para se realizar um remake. Rejeição em ver filmes falados em outra língua senão a inglesa; possibilidade de melhorar algo já feito introduzindo novas idéias; inserir um novo olhar sobre determinada obra, e principalmente, refilmar utilizando-se de mais recursos que a versão anterior, são suas principais argumentações a respeito.

versão sueca

Quando assisti a versão estaduniense de Deixa Ela Entrar, me ocorreu que mesmo sendo tão bom filme quanto a versão sueca, ainda assim, foi desnecessário. Salvo uma cena ou outra, filmada com mais recursos e com toques individuais do novo diretor, pode-se dizer que quem viu um, viu também o outro, de tão idêntico que ficou.

Dessa forma, nada mais justo do que escrever apenas uma vez, pra se saber o que encontrar em nos dois filmes, e assim, a dica vale para ambos, aumentando suas chances de encontrar um , ou outro.

O filme conta de forma densa e crua, a história de Oskar, um garoto de 12 anos de idade, solitário, vítima de builling na escola onde estuda, e que ainda tem que lidar com a separação dos pais justamente num momento tão delicado quanto á a adolescência.

Versão estaduniense

Seu mundo se restringe a fugir dos colegas, mascar suas gomas de chiclete no pátio coberto de neve do prédio onde mora,e observar os vizinhos através da janela do seu quarto. Numa dessas observações, ele vê a chegada dos novos moradores do apartamento vizinho, que são um senhor de meia idade e uma garota que aparenta ter mesma idade que ele, chamada Eli.

A partir daí, uma nova e assustadora realidade irá fazer parte desse contexto. A aproximação entre Oskar e Eli, irá trazer à tona não só segredos de ambos, mas também um forte laço de apoio e ajuda mútua entre eles, que culminará num dos finais mais surpreendentes já vistos no cinema.

Méritos, o filme tem muitos, mas a forma com que retrata a adolescência talvez seja o maior deles.A ausência dos pais, a dificuldade em se relacionar com outros menos solitários, a inocência, são todos motes muito bem trabalhados durante toda a narrativa.

Agora cabe a você, escolher entre a versão sueca ou a estaduniense. Garanto que nem um, nem outro, irão decepcionar se o que você busca é uma boa e arrepiante história de terror.

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