Anna (2013) – (Mindscape)

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Por ser o primeiro longa no cargo de diretor, o espanhol Jorge Dorado até que se saiu bem, principalmente se levarmos em consideração algumas falhas comuns que podem muito bem ser corrigidas em seu próximo filme.

Filmado em 2013 e lançado esse ano no mercado, “Anna” (que nos Estados Unidos recebeu o título de ”Mindscape”), é uma daquelas tramas já muitas vezes trabalhada no cinema, onde a dúvida chave do filme, paira sobre a personagem principal, que horas parece ser a vítima e em outras, o vilão.

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Partindo da premissa ficcional (ao menos até onde sabemos), da existência de “investigadores de memória” usados para vasculhar o passado guardado no inconsciente das pessoas, John (Mark Strong (de Sherlock Holmes e Kick-Ass), tenta retomar os trabalhos após um período de stress em que passou afastado por problemas familiares, ao pegar um caso aparentemente simples de uma adolescente em greve de fome.

A adolescente é Anna (Taissa Farmiga), garota rica e conflituosa que parece ter problemas com todos que a cercam, desde o padrasto, mãe, amigas da escola, professores,etc. A questão é saber se ela está do lado x ou y.

Através das visitas as memória de Anna, John vai adentrando ao seu mundo, buscando minunciosamente a origem de possíveis traumas que possam responder as questões que colocam em dúvida não só a índole da própria garota, mas também de várias outras pessoas do seu círculo.

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Nesse ponto, o personagem de Mark Strong se assemelha demais ao personagem de Leonardo Di Caprio em a Origem (2010), assim como também se assemelham os métodos utilizados para o acesso às memórias.  Se em “A Origem” usava-se os sonhos, nesse usa-se uma espécie de transe , mas em ambos temos uma ferramenta perigosa que pode comprometer em muito a pessoa que a manipula, principalmente se esta carrega consigo algum trauma ou culpa.

Ainda que o clímax traga algo um tanto previsível para o filme, tal fator não deve ser motivo de desqualifica-lo por inteiro, pois outros aspectos, como a eletrizante trilha sonora e o excelente trabalho dos atores (Taissa Farmiga, Mark Strong, Brian Cox), se sobressaem bem acima da média.

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Com filmes assim, o que funciona mesmo é não esperar muito, ainda mais sabendo que o filme é de um diretor estreante, ainda que ao menos para mim, tenha mostrado um futuro bem promissor.

Trailler:

Penny Dreadful (2014)

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Numa primeira impressão, uma série que se passa na Londres vitoriana em que personagens como Doryan Gray, Dr Frankstein, Jack, o Estripador e criaturas como vampiros, lobisomem entre outros, dividem os mesmos becos e praças da cidade, pode parecer absurda e até mesmo ridícula. Mas basta ver um dos dois primeiros episódios lançados que qualquer suspeita negativa se esvai como o sangue, presença constante nesses primeiros episódios.

Com uma produção classuda, que incluí ótimos efeitos visuais, elenco estrelado e roteiro muito bem escrito que consegue costurar todas as tramas e personagens sem forçar a barra, (algo bem comum em outras séries do gênero como American Horror Story, Salem), tudo indica que o alto padrão será mantido ao longo de toda essa primeira temporada de oito episódios.

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A série começa com uma cena arrepiante, onde mãe e filha são atacadas por algo/alguém que não é mostrado durante o ataque, mas que pelos gritos de pavor das vítimas e pelo estado em que elas são encontradas, imagina-se ser algo aterrador.

Logo depois somos apresentados aos personagens principais, que são; o americano Ethan Chandler (Josh Hartnett de “30 dias de noite”), Sir Malcom (Timothy Dalton, que foi James Bond nos anos 80), Dr Victor Frankenstein (Harry Treadaway) e a misteriosa e bela Vanessa Ives (Eva Green de “Os sonhadores”).

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Aparentemente o grupo é liderado pelo Sr Malcom, que os reúne a fim de tentar resgatar a filha que fora sequestrada por alguma das criaturas da série. Por sinal, esse deve ser um dos pontos altos da série, esse estranho e bizarro grupo reunido em tal objetivo. Além disso, todos os personagens trazem consigo algum importante segredo sobre si mesmo, e nos próximos episódios poderemos ter outras boas surpresas.

A série deve ser transmitida em breve pela HBO, com previsão de estreia para o dia 13/06, mas se eu fosse você, evitaria o quanto antes os possíveis spoilles baixando via torrentes da vida….

Veja uma prévia: 

O Impostor (2012)

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Por mais que acreditemos já ter visto/ouvido de tudo nesse mundo, vez ou outra surge uma história surpreendente que nos faz repensar sobre os limites da mente humana. Situações e acontecimentos que desafiam a lógica e que graças a bons documentaristas, acabam chegando à nosso alcance.

O documentário de 2012 e intitulado “O Impostor”, narra uma dessas histórias. E narra de uma forma muito instigante, mesclando imagens reais, reconstituições, depoimentos e até mesmo cenas de filmes antigos.

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O incrível documentário conta a história da família Barcklay, cujo filho caçula chamado Nicholas de 13 anos, sai de casa num dia de 1994 para jogar basquete e nunca mais é visto. Mas três anos depois, a família recebe um telefonema vindo da Espanha, dizendo que o garoto havia sido encontrado.

Como o próprio título já entrega, o filme deixa evidente logo nos primeiros minutos que o garoto encontrado não é Nicholas e sim, uma outra pessoa. Logo, a narrativa que em muitos momentos soa mais como um thriller do que como um documentário, vai trazendo diversos elementos e situações que nos aguçam a curiosidade e perplexidade diante do desenrolar dos fatos. Sentimentos como tensão, surpresa, incredulidade, surgem o tempo todo, o que faz com que você se sinta tão envolvido pela história que sequer consegue imaginar como ela termina. Assim, méritos ao diretor e ao ágil roteiro.

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Gostaria muito de discutir ideias a respeito deste doc, mas aí teria que soltar spoillers que podem prejudicar quem ainda não viu. Assim, sintam-se à vontade para comentar e eu terei o maior prazer pra debater à respeito.

Veja o trailler: 

Você não sabe nada, John Snow…

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O cinema-catástrofe,  tão  presente nos anos 70, aos poucos foi perdendo espaço para outros gêneros , na medida em que o público deixou de se impressionar com pessoas sendo pisoteadas em meio à tragédias que levavam  2/3 do filme para acontecer. Nas décadas que se seguiram, apenas um ou outro exemplar  marcou presença, tendo em Titanic seu maior feito.

Pompéia, filme do diretor Paul W.S. Anderson, (Enigma do horizonte, Alien versus Predador, Resident Evil), é um pouco mais do mesmo quando pensamos nos filmes-catástrofe, mas em muitos momentos lembra também o superestimado Gladiador de Ridley Scott, o que não ajuda em nada.

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O filme conta a história de Milus (Kit Harington, o John Snow de Game of Thrones), que quando garoto teve sua vila e família dizimadas pelo exercito romano comandado pelo senador Corvus (Kiefer Sutherland, o Jack Bauer de 24 Horas), e depois, como escravo, se transforma num valente gladiador. Vale lembrar que em momento algum ficamos sabendo como Milus se tornou tão bom em lutas, ele simplesmente aparece sendo capturado quando criança e depois já adulto e fodão.

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Quando levado para a cidade de Pompeía, que sofre e compactua com a dominação romana, Milus segue a risca o roteirão manjado de: se estranhar e depois virar amigo de outro fodão (Adewale Akinnuoye-Agbaje, o MR. Eko de Lost), se apaixonar pela mocinha que também é alvo do vilão  e reencontrar seu inimigo para poder se vingar pelo massacre de sua vila anos antes. Tudo ensaiadinho, sem nenhuma surpresa.

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E então, chega a hora da tragédia, fogo, correria, pessoas pisoteadas, honra, traição, e blá, blá, blá…

O que temos de positivo também não é novidade, efeitos especiais bem-feitos e algumas boas cenas de ação dos lutadores na arena e nada mais. De negativo, além do previsível, os risos e diálogos nas horas mais impróprias são constantes.

E foi assim que perdi mais 105 preciosos minutos da minha vida…

Trailler:

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